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sexta-feira, 18 de julho de 2008

By Camila Matos

REFORMA NA LATARIA

Depois que raspei minhas pernas e depilei minha virilha estou me sentindo bem melhor. Mulher é estranha, se sente bem ao mudar algo no próprio corpo. Cabelo, sobrancelhas, até mesmo as unhas dos pés. Já fazia tempo que eu estava abandonando a mim mesma. Olha que sempre fui exigente com meus cuidados pessoais, talvez seja a fase difícil, que estou passando, que tem ocupado o meu cérebro, bem na parte da vaidade. Não, não deixei de me banhar, mas de fazer alguns “reparos na lataria deste carrão”.Fim de relacionamento, família pegando fogo, um pouco de frustração profissional faz com que eu fico assim: perdida. Só que comecei a perceber que esses probleminhas tornavam-se grandes problemas com o meu próprio exagero. Mas que mulher não é exagerada, me diz?! Outro dia reclamei para minha mãe: “minha vida está um inferno, quero sair daqui, não agüento mais”. Palavra pesada essa né?! Inferno! Realmente me arrependi e logo fui pedir desculpas a minha mãe, ela não tem culpa de nada. Pelo contrário está na mesma barca furada que eu. Bem, logo percebi o meu exagero feminino, notei que era um desequilíbrio interno. Enxerguei outras coisas. Não era possível que eu poderia ser uma pessoa tão inútil assim nessa vida hostil, comecei a pensar. Foi ai que percebi o valor que tenho. Mas antes, comecei a analisar pelos defeitos. Sempre penso: “Vamos começar pela parte ruim!” - Sou sistemática, estressada muitas vezes, impulsiva, minha língua é felina (minha mãe sempre diz isso), carente, chorona, minha TPM é maligna, são muitos defeitos! Em compensação tenho objetivos na minha vida, caráter, boa índole, amo a natureza, gosto de cultura, sou curiosa, sou atraente sim, embora sou magrela. Falo muito, mas coisas construtivas, amo escrever, sou carinhosa, faço as pessoas rirem... . Comecei a olhar para os lados e lembrei de quando saí de um relacionamento de dois anos e dois meses, que já tinha três encontros, se eu quisesse. No momento prefiro me descobrir e me amar. Resumindo percebi que eu era a “mina”. Tudo bem, me achei um pouco. Embora foi importante me colocar num pedestal. Apesar de tudo que estou passando consigo vencer, mesmo sofrendo ou ficando triste às vezes. A famosa tempestade num copo d’água existe e por isso não devo me precipitar. Entregar os pontos. Tenho que repensar sempre, rever os conceitos.
Fazer as unhas, depilar, dar um trato na “lataria”. Valorizar-me! Achar-me a última bolachinha do pacotinho.
Preciso mudar a parte negra da minha bola chinesa, para branca. Resolvi mudar também minha forma de escrever, a partir de agora, depois que li Tati Bernardes, minha vida mudou. Não quero ser igual a ela, sendo que também não sou desbocada, mas quero ter meu próprio estilo. Aliás, não gosto de ser igual a ninguém. Sempre escrevi em terceira pessoa e agora descobri que é muito bom falar de mim mesma, mesmo sendo um desabafo. Que posso escrever de tudo! Tenho a certeza que vai servir para alguma coisa.

2 comentários:

Unknown disse...

muito bom artigo! mostra os dias de cão de uma mulher comum, atraente, porém desmotivada pelas circunstâncias negativas da vida, que depois de muita reflexão olha para seu interior e acaba se descobrindo, mostrando que muitas vezes c tornar a última bolacha do pacote é necessário para dar um up na vida!!
Parabéns pelo artigo

LAM disse...

Berola! Parabéns pelo artigo! Adorei!
Amo vc magrela! rs

E a jessica e a krys: parabéns pelo blog! to entrando todo dia hahaha
beijos